Conceitos - debatendo o amor
Há momentos ao longo da vida em que nos cruzamos com alguém especial... pode ser um conhecido de um amigo, que nos é apresentado durante os copos de uma saída nocturna, pode ser alguém que conhecemos num fim-de-semana, pode ser aquela pessoa que se cruzou connosco ainda há momentos, enquanto nos dirigíamos para casa.
Não consigo conceber que na vida só haja uma pessoa certa para cada um - a nossa outra metade – pois isso seria validar a ideia de que enquanto ser individual somos incompletos.
Se pensarmos que só nos apaixonamos por alguém depois de o conhecermos (excluindo aqui a atracção física por um desconhecido) podemos extrapolar que se nos fosse dada a possibilidade de conhecer todas as pessoas do mundo nos iríamos apaixonar uns milhões de vezes... já que na realidade a escolha do nosso "coração" foi, obrigatoriamente, sobre uma pessoa de um grupo muito restrito com o qual convivemos no nosso dia a dia.
Voltando à ideia inicial, cada dia cruzamo-nos, com certeza, com inúmeras pessoas com as quais temos incontáveis afinidades e pelas quais, no devido contexto, nos apaixonaríamos perdidamente.
Não pretendo com isto reduzir o amor que cada um sente pel@ seu/sua companheir@... o nosso amor não é findável e nele cabe um sem número de pessoas...
...simplesmente estamos com aquela que calhou estar à hora certa, no sítio certo.
posted by Clio | 10/23/2004 09:44:00 da tarde
5 Comments:
Somos seres culturalmente determinados. Mais do k qq outra coisa.
Para fazer este tipo de reflexão penso k devemos separar dois campos: um, o do absoluto, se nascessemos sem a determinação cultural k nos diz o k é bem e mal, nos estabelece limites (n/ sei como seria possível, mas creio k é); um 2º campo, o relativo, quer culturalmente quer por limites do pp corpo físico (e se calhar n/ são tão inseparáveis um do outro, daí afirmar acima k n/ sei como será possível).
No 1º campo, ou patamar, como quiserem, acredito k o amor é na linha da ideia base expressa no texto. Não se ama só uma pessoa - mesmo com o amor paixão. Acredito k podemos amar mais do k uma em simultâneo - cada um de nós tem características muito pp e não há um ser "inteiro e perfeito", daí a possibilidade desse amor multifacetado, dado k, no fundo todos procuramos o perfeito em nós e nos outros, ainda k os caminhos sejam, mtas vezes, tortuosos.Mais, acredito k somos seres bissexuais, castrados culturalmente.
Infelizmete as pressões culturais não nos deixam analisar esta matéria com (ia dizer: muita, mas retiro e escrevo:)alguma objectividade, mas vale a pena fazer um esforço.
Os amores incondicionais, em que (parece)que um dá e o outro se limita a receber, tipo vassalagem, só servem para magoar o que dá, e dá e dá, até se esgotar e sem dar conta perder o orgulho e a auto estima.
Não era amor que nos tinham. Posse, só posse!
É preciso pormo-nos nos nossos pés de novo, erguer bem alto o nosso orgulho e auto-estima. Valemos por nós e não por esses seres a quem infelizmente nos prendemos. Sai dessa, minha!
A vida é tudo o que temos...Cheia de altos e baixos...e caindo em clichés ... é BELA, e vale a pena ser vivida...o Amor, a Paixão, a Amizade e todos os outros sentimentos merecem ser vividos, mesmo que acompanhados de alguma tristeza...faz com que lhes demos mais valor! A verdade é que eu acredito, pela experiência, que é dando que se recebe... e a sensação de bem-estar e realização de quando o nosso "ombro" e o nosso "colinho" surtem efeitos, é das mais sublimes que se pode ter... Lexis, tens razão, ainda bem que não há 1 só chinelo para um pé cansado, nem 1 só tampa para cada panela...é verdade! a pessoa certa na hora certa... Gros Bisous Amiga...
Conheço-te bem....conheço-te mal!...é curioso! Achamos sempre fácil descobrir isto ou aquilo acerca do outro...de ti..afinal..nada conheço!
Bem, anónim@, de ti, quem não conhece sou eu... e o nome??
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